segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Às Doze Badaladas

A torre do centro nos chama para deitar
Na escuridão das sombras vazias
Pesadelo denso e perigoso
Me faz acordar na neblina branca
Tolo eu não me conheço
E saio com os pés no chão frio

A torre do centro sangra para nos agradar
A lua sempre se esconde de medo
São os temores noturnos
As ruas sempre me refugiam
As ruas sem fôlego
Cheias de tentações pagãs

A torre do centro cai sobre minha cabeça
Desabam sonhos debruços
Na penumbra de uma esquina
O ermo que eu faço parte
Agora esqueça e tente novamente depois
Espere que eu lhe chame às doze badaladas

Um comentário:

Anônimo disse...

Na minha concepção, esse poema, ele tem muitas traços do seu estilo poético:
Repudiu ao estilo clássico (principalmente no que diz respeito a RIMA) porem PARA MIM isso não afeta a composição.
Dái vem outra caracteristica, vejo uma concentrção muito maior na composição das idéias, a mensagem que quer ser transmitida.
Por ultimo vem a tematica, particularmente não sou muito ligado nas tribos urbanos e suas caracteristicas, mas vejo em todos os seus poemas que li uma tematica tipo "dark", reflexivo e carragado de simbologia.

P.S.: desculpe os erros de ortografia e gramática.