sábado, 10 de janeiro de 2009

Plastique Noir Fala Sobre Suas Novas Músicas

A banda Plastique Noir ainda nem lançou seu primeiro album oficial, mas já trabalham em novas composições. Pelo menos foi isso que Airton S., vocalista da banda e Márcio Mäzela, guitarrista, declararam em sua comunidade oficial no orkut.

Airton S. :

"Enquanto a Pisces Records faz os últimos ajustes pra lançar o disco, nós resolvemos cancelar a única data que tínhamos em janeiro pra nos dedicarmos mais a composições. Isso, dentre outras coisas, foi decidido no primeiro domingo do ano entre eu, (Márcio) Mazela e Babuê (produtor) - Danyel (baixista) não pôde ir - em reuniãozinha informal numa churrascaria, para onde fomos a fim de traçarmos estes e outros planos do Plastique Noir para 2009. Nenhuma das músicas novas está realmente pronta, ainda. Além disso, sem teclado simultâneo, estamos tendo que praticar um exercício de abstração e imaginação musical, 'ouvindo mentalmente' as linhas que acreditamos a priori serem as mais adequadas. Isto é particularmente foda de ser feito em se tratando de arranjos em que o teclado ocorreria sozinho ou acompanhado de baixo apenas. No ensaio, gera buracos sonoros. Mas vai dar certo. Estamos estudando direitinho que modelo(s) de synth ou workstation vamos adquirir, já que não podemos mais contar com o Roland Juno-D do Max - não que ele não cedesse para nós, mas estamos cogitando mudança geral de timbres nessa parte.Eis outro ponto legal de se abordar: o princípio norteador da nova safra de composições é "fazer tudo aquilo que ainda não fizemos". A princípio houve certo temor do Mazela de isso causar uma mudança brusca de estilo, o que poderia afastar público. Por outro lado, desencanamos e chegamos à confortável conclusão (e espero que não conveniente demais) de que sempre haverá algo que é nossa cara nas músicas e que isso talvez nos redima se estivermos sonhando muito. Assim esperamos, né. De toda forma, uma coisa é certa: o som tá ficando mais rock e um pouqinho menos eletrônico. Isso se deve um pouco às coisas que andamos escutando. Eu, por exemplo, ando ouvindo pouquíssima coisa gótica. Tenho pesquisado muito Editors e MGMT, por exemplo. Synth pop também, aos montes (curioso escutar isso e tirar idéias para música orgânica),e uma ou outra coisa da imensa discografia do mestre Bowie que tenha me escapado nesses anos. O novo do CSS tem algumas coisinhas legais também.. Enfim. Cogitamos ainda colocar alguns inserts, ou mesmo numa música inteira, bateria real. Pode ficar massa, pode ficar ruim, não sabemos. E como isso será tocado ao vivo é outra questão a mais."



NOVAS MÚSICAS DO PLASTIQUE NOIR


Rose of Flesh and Blood

Airton S. :

"Bem gothic rock tradicional, essa a morcegada tenho certeza de que vai gostar, justamente por isso vai desempenhar a função de suavizar a quebra de estilo geral da gente. Tá me lembrando muito o Ikon no primeiro disco. O finalzinho dela tá bem The Police em Every Little Thing. Vocês conseguem imaginar isso? Ah, esta é a que deu problemas de acordes fora. Engraçado que, tocada só comigo e Mazela, deu certo. E só comigo e Danyel também. Mas, quando juntou tudo, em alguns compassos a harmonia destoou, saiu do campo. Vamos arregaçar as mangas e ajustar onde deu defeito, porque ela é boa demais pra que desistamos dela."

Sin Hunter

Airton S. :

"Disparado a que funcionou melhor. Na minha cabeça lembra Interpol, pro Mazela tá meio Sisters. O baixo tá poderoso, altão, uma parede sonora foda mesmo. A batida tá diferentona de coisas que costumávamos fazer. Não vamos ter problemas com ela. Penso em incluir coros no final, semelhante a atos mais trágicos de ópera. Não tá com cara de hit, é música pra ficar solta no meio de algum track list pra dar continuidade ao folego de um disco."

Emily

Airton S. :

"No violão ficou irada demais, no estúdio ficou horrível. Mazela acredita que, mexendo nela, dá pra salvar. Não sei, tô meio cético. O título remete a 3 famosas Emily do pop obscuro: Emily Rose, Emily Strange e Emily noiva-cadáver."

Márcio Mäzela :

"Creio que Emily podemos salvar - foi uma tentativa minha de colocar influências de outro estilo que amo: psychobilly; vejamos no que dará. Orbitals atualmente tem um quê de Asylum Party e The Cult das antigas."

Bright Career (The World Is Yours)

Airton S. :

"Nossa homenagem a Elvis, The Great(est) Fucking King. Com esta aconteceu o contrário da anterior: no violão não botei fé, no estúdio ficou fueda! Lembra Placebo em Days Before You Came (Black Market) e lembra até Red Run, hehehe! Danyel gostou,e normalmente quando ele gosta, o negócio tem futuro. A ponte pós-refrão lembra Cure nos primórdios do 3 Imaginary Boys... isso foi inesperado até pra gente."

Márcio Mäzela :

"E em Bright Career quero o Danyel metendo violão folk/country pra dar um aproach mais próximo a caras que também amamos, como Elvis, Cash... Sempre admirei também o Cure, que começou pós-punk, abraçou o goth rock, enveredou pelo technopop e nunca teve medo de ousar. Se um artista se territorializa em uma só coisa ele corre o risco de se diminuir, de castrar seu potencial criativo."

Negatives

Airton S. :

"Esta eu que compus a la Depeche Mode, até porque sempre sentimos falta de evidenciar esta importantíssima influência, grande escola do synth pop. Funcionou muito, muito bem, o que me fez suspirar: ufa. Não queria ter que descartá-la, em geral não sou paternalista demais com minha própria obra, mas nesse caso eu tinha a firme convicção de que havia feito algo muito, muito bom. Soa um pouco como She Wants Revenge também, mas preferimos seguir a fonte original (Depeche) do que a releitura de segunda mão (SWR), apesar de sermos fãs dela também. Negatives tem uma batida sensual, vai bombar na pista. O público feminino deverá gostar até mais, creio, porque incita à dança. Ah, e tá diferentona, também! Nunca compusemos nada como ela. Tem cara de hit... Me lembrou também Back Door do Xymox."

Márcio Mäzela :

"Eu busquei algo de Cult também (nem preciso repetir que o Billy Duffy é meu maior inspirador em guitarras), porém com alto teor Depeche Mode - banda magnífica que todos adoramos."

Foram divulgadas ainda nomes de mais cinco músicas, são elas: Fireworks (que deve ter sua versão demo liberada para download em breve); Blind Voyeurs (que deve dar nome ao próximo disco); Other Spheres; Orbital (composta pelo ex-tecladista Max Bernardo) e Eclipse. A banda promete falar sobre mais músicas novas em breve. Sim, tem outras inéditas além destas!



Airton S. & Márcio Mäzela

3 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado pela visita no Oitentando!
Cara vou te acompanhar e já estou te linkando!
Sempre que puder passarei por aqui!
Flw!Abraços!

Roberto Ney disse...

te achei no tópico da comunidade do orkut e gostei muito. música, literatura, enfim, tudo oque eu adoro reunido em um só lugar...
quando der passa lá no meu também, ok!
http://ocomcopo.blogspot.com/
abraço

... disse...

Bah eu to muito por fora do mundo pop...nunca ouvi falar desses caras...hehehe